quinta-feira, 15 de abril de 2010

Nicholas Sparks


Quando eu tinha 17 anos, minha vida mudou para sempre.Sei que algumas pessoas se espantam quando digo isso. Olham-me de um modo estranho, tentando compreender o que poderia ter acontecido nesse passado, embora eu raras vezes me dê ao trabalho de explicar. Como morei aqui a maior parte da vida, não acho que tenha de dar explicações, a não ser em meus próprios termos, e isso levaria mais tempo do que a maioria das pessoas está disposta a me conceder. Minha história não pode ser resumida em duas ou três frases. Nem comprimida numa coisa bem-arrumada e simples que as pessoas logo entenderiam. Apesar de decorridos quarenta anos, as que continuam morando aqui e me conheceram naquele ano aceitam minha falta de explicação sem quaisquer perguntas. Minha história, em certos aspectos, é a história delas, porque foi uma coisa que todos vivemos do começo ao fim. Fui eu, entretanto, quem a viveu mais de perto. Tenho 55 anos, mas ainda hoje me lembro de tudo o que se passou naquele ano, nos mínimos detalhes. Revivo-os muitas vezes em minha mente, trazendo-os de volta à vida, e percebo que, ao faze-lo, sempre sinto uma estranha mistura de tristeza e alegria. Há momentos em que gostaria que fosse possível girar o relógio para trás e eliminar toda a tristeza, mas tenho a sensação de que, se o fizesse, também a alegria desapareceria. Por isso acolho as lembranças como me chegam, aceitando-as todas e deixando que me guiem sempre que posso. Hoje é dia 12 de abril do último ano antes do novo milênio. Dou uma olhada em volta ao sair de casa. O céu está encoberto e cinzento, mas quando sigo pela rua percebo que os cornisos e as azaléias já começam a florescer. Fecho um pouco o zíper da jaqueta. A temperatura está baixa, embora eu saiba que será apenas uma questão de semanas para que o céu cinzento dê lugar àqueles dias que fazem da Carolina do Norte um dos locais mais lindos do mundo. Com um suspiro, sinto tudo retornar. Cerro os olhos e as lágrimas começam a escorrer em marcha à ré, marcando devagar o tempo de trás para diante, como os ponteiros de um relógio a girar em sentido contrário. Como que pelos olhos de outra pessoa, vejo-me rejuvenescendo. Vejo meus cabelos mudando de grisalhos para castanhos; sinto as rugas em volta dos olhos desaparecerem, os braços e as pernas se enrijecem com músculos. As lições que aprendi com a idade tornam-se indistintas e minha inocência vai voltando, à medida que se aproxima aquele ano memorável. Então, como eu, o mundo começa a mudar. A desordenada extensão suburbana é substituída por terras agrícolas; as ruas do centro fervilham de gente. Os homens usam chapéus; as mulheres, vestidos. No prédio do tribunal, mais adiante, badala o sino da torre... Abro os olhos e paro. Estou em frente à igreja batista e, quando olho para ela, sei exatamente quem sou. Sou Landon Carter e tenho 17 anos.





Este romance mostra duas perspectivas de um grande amor, de uma grande paixão que não acaba com o passar dos anos, mas que tem de se adaptar as diferentes fazes da vida, e ás partidas que a vida nos prega e das quais não podemos fugir.

A história começa com um simples amor de verão entre dois jovens de classes sociais diferentes, o Noah e a Allie, e que se transforma numa linda historia de amor travada pela família dela. Depois de uma série de desencontros, e de uma decisão drástica da família de Allie em colocar um fim naquele relacionamento, o jovem casal é então afastado durante uma série de anos.
Um certo dia, Allie volta a ter noticias de Noah através de um jornal, o que vai reavivar a sua memoria e mais importante do que isso, vai reavivar a sua paixão escondida, e agora também m
ais uma vez proibida, uma vez que Allie está noiva de um jovem que pertence a uma das famílias mais importantes da época.

Mas o que eles viveram no passado foi forte, e pelo menos mais uma vez ela terá de ver Noah, para poder prosseguir com a sua vida, esse pensamento não a deixa, até ao dia em que decide finalmente ir ao encontro dele. O tão esperado encontro corre como o esperado, o falar do passado, o recordar uma história vivida, mas o esconder de algo que ainda existe. Quando Allie decide voltar no dia seguinte a casa de Noah, é então consumada a verdadeira paixão dos dois quando se entregam nos braços um do outro. Neste momento levanta-se um grande dilema, ficar com o Noah ou continuar os seus planos futuros de casar com o noivo. A escolha cai certamente sobre Noah, era impossível deixar fugir aquilo que lhes escapou por entre os dedos á alguns anos atrás.

Fala-se agora da segunda perspectiva que este livro aborda, que é o de um amor de uma vida, preenchida de tudo o que dois jovens apaixonados têm direito, preenchida com recordações, filhos e com um amor que apesar da idade não se apaga, e que se vê ameaçado por um terrível mal: a doença de alzheimer.

Esta doença apesar de não ser vista com a frieza de muitas das doenças mortais existentes, é bastante cruel no aspecto em que rouba o que de mais bonito existe no ser humano, que é a sua memória e as suas recordações.

Então de repente, vemo-nos perante o amor de um casal perto do fim da sua vida, e da tentativa constante de voltar a proporcionar ao outro momentos mágicos como tantos outros que já existiram. Ele, que acompanha a sua esposa nesta luta contra a sua doença, apesar de ele próprio também sofrer de vários males próprios da sua idade, mas que todos os dias lhe lê de um livro já meio gasto uma linda historia de amor, na esperança que a faça então recuperar nem que por breves instantes, essa mesma historia.

É então que no fim deste fantástico livro, ficamos a saber que o idoso que todos os dias se aproxima daquela senhora e lhe lê uma linda história de amor, é Noah que vê agora Allie, o amor da sua vida com a terrível doença de alzheimer, e todos os dias lhe lê a historia de amor deles na esperança de a ajudar nem que seja por uns breves instantes a recordar também ela essa história de amor.
É um livro com uma historia de vida fantástica, com tudo o que podemos encontrar nos nossos dias, e que aborda num pequeno numero de folhas, duas fantásticas lições de vida a não esquecer, e que nos faz lembrar que a vida é sem duvida para ser vivida no seu pleno pois apenas temos uma e não sabemos até quando...







A vida de Miles Ryan poderia ter acabado no dia em que mataram a sua mulher, dois anos antes, num acidente de viação. Missy, o seu primeiro e último amor, namorada de liceu, esposa e mãe de Jonah, seu único filho, tinha sido morta e o seu assassino fugido do local do crime. Como marido saudoso e homem apaixonado chora a morte da mulher amada, mas como Xerife de New Bern, na Carolina do Norte, vive obcecado pela injustiça do condutor assassino não ter sido capturado e punido. Sarah Andrews é professora primária, em fuga de Baltimore, de um casamento desastroso e de um divórcio problemático. Pensou encontrar na pacífica cidade de New Bern uma oportunidade para o início de uma nova vida. Foram as suas próprias feridas, ainda a sarar, que a tornaram sensível à mágoa e dor que logo notou nos tristes olhos de Jonah, seu aluno, e depois nos de Miles. Sentindo que esta poderia ser a última chance de viverem e de serem felizes, Sarah e Miles procuram começar de novo. E pela primeira vez em anos irão novamente rir e amar. Uma vez apanhados numa relação amorosa serão forçados a reavaliar o significado das suas vidas: Miles terá que superar o drama de ter perdido a mulher que amava e Sarah terá que revelar um segredo que os une, mas que poderá separá-los para sempre. Recentemente seleccionado como o Melhor Autor pelo Entertainment Weekly, Nicholas Sparks é hoje considerado o mais bem sucedido e proeminente contador de histórias norte-americano. Em Uma Promessa Para Toda a Vida, Nicholas Sparks escreve, com uma brilhante intensidade, sobre os amargos deslizes da vida e seus opostos momentos de incomparável doçura. Mais do que uma simples história de amor, é no fundo uma poderosa mensagem sobre a falibilidade do ser humano, sobre os erros cometidos, mas também sobre as suas virtudes: perdão, tolerância e amor, valores esquecidos nos dias de hoje.

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